Quem são, quem sou?
(Parapsicofotografias)
As teias dos sonhos me conduzem
Levam-me até esses rostos
Coberto de nuvens e luzes
De todas as cores...
Espreitam-me nos espelhos
Na colcha da cama
E balbuciam palavras
Que me parecem sem sentido
Ah! os olhos, os grandes olhos
Perdidos na palma das mãos
Falam-me de realidades irreais
E me perseguem ou solicitam
Talvez um pouco de atenção...
Quem são? Onde estão?
Será que vivem?
Será que sonham?
Seres angelicais, leves sutís
Outros nem tanto e tão vis
Parecem zumbis atordoados
Perdidos por encanto,
No canto do papel laminado,
Fazendo pose e surgindo levemente
Aterrorizados, sensuais ou dissimulados
Na lente da minha memória emotiva.
São desenhos e pinturas, encantos,
Perdidos em minha história antiga
Surgindo dos escombros do que sou?
Não sei, não há como saber agora
E isto me desgasta, me amofina muito
Mas já não me assusta tanto.
Só os quero nesta hora captados,
Pelas lentes encantadas da câmera
Surgindo do nada, de manto
E sussurrando ansiosos as palavras
Que não posso compreender totalmente
Fazendo-me interrogar na incerteza
a sutileza da verdade sussurrada
Ao Delinear dentro de mim
A fronteira entre o que penso
E o que sou.
Compreendendo perplexa
a transitoriedade da vida
E a eternidade do amor
.
Sou enfim tantos sonhos, tantos rostos
Todos eles desconexos e plasmados
Em todos os lugares possíveis.
E assim, sem Ciência, penetro pacificamente,
No segredo da Morte e da Existência,
Em todos os níveis complexos da realidade,
Para sutilmente, de forma plausível,
Pressentir-me quase enlouquecida,
Perseguindo rostos estranhos e visíveis,
Em todas as frestas da Vida.
Ian Lama
Estive aqui Ianê, parabéns por sua dedicação as pesquisas, ótimos resultados.Abraço fraterno. j
ResponderExcluirObrigada Jota Pedroso!
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