O mesmo Natal
Neste Natal, como em tantos outros
Meu coração não teve nenhuma surpresa,
Minha voz ficou presa na garganta
Vendo os comilões de olho na mesa "enfeitada"
de tantos animais mortos.
Enquanto todos rezam eu penso:
Será que existo?
Enquanto todos riem, me pergunto:
Que faço aqui?
Enquanto todos comem, me questiono:
O que é isto?
Da janela vejo o mundo através dos muros...
Quantos nasceram hoje?
Quantos morreram?
Quantos fantasmas existem nas minhas mãos?
Quantos passam fome?
E daí não consigo mais rimar....
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