Como um cego à procura de luz 03/2011
Se eu andei assim na noite do meu eu,
Como um cego à procura de luz,
E imprevidente não ouvi a voz da Verdade,
E se tu andastes assim com uma Candeia nas mãos
A procurar na escuridão os desavisados e incrédulos,
E se estamos agora aqui no mesmo barco
A navegar nas ondas de Maya
Talvez seja preciso...
Que nos escutemos,
Nos desembaracemos,
Das nossas pequenas verdades.
Dá-me tua mão amigo,
nada na verdade nos distancia
Somos peregrinos perdidos em nós mesmos
E o maior pecado é crer-se sabedor.
Nada além do muro...
Nada mesmo nos livrará de nós mesmos
Nem a fé desvairada
Que se alimenta dos corações aflitos.
Apaga tua Candeia, vem comigo no escuro,
Não tenhas medo...
Descobriremos mais além
Uma luz tênue, que teima em brilhar
Dentro dos nossos corações.
E os nossos olhos cegos
Acostumados na escuridão,
Saberão dar valor à luz!
Ianê Lameira
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